Chegamos ao nosso 8º CINESURPRESA, e logo logo completaremos 1 ano e, com certeza, teremos surpresas nesse primeiro aniversário que, lógico, você não poderá perder. Portanto já anote e fique na espera: será no dia 10 de agosto de 2008. Bem, por enquanto vamos falar do nosso 8º encontro que foi pela primeira vez no Cine Roxy e depois fomos comer uma pizza, uma massa ou simplesmente tomar uma água, na Cantina Liliana que será nosso ponto de encontro sempre que estivermos no Cine Roxy. Para você que acompanha e participa sempre com a gente fique por dentro: agora o CINESURPRESA acontece uma edição (mês) em cada uma das seguintes salas de cinema:
• Cinemark: abril, julho, outubro
• Espaço Unibanco: maio, agosto, novembro
• Cine Roxy: junho, setembro, dezembro
Sempre as 18h em frente a estes locais, ok! Agora não tem mais como você falar que não sabe aonde estaremos. Desta vez o filme surpresa foi Jogos do Poder (a votação foi entre ele, 1000 anos AC e Rocky) e, neste encontro a maioria das pessoas eram novas, participavam pela primeira vez e muitos dos nossos participantes constantes não puderem estar com a gente como: Fabio Machado, Letícia e Eddie.
Mas antes de falar quem eram os participantes, gostaria de reforçar aqui a proposta do CINESURPRESA, faço isso porque desta vez, e pela primeira vez, uma pessoa falou que não queria que sua opinião fosse divulgada. Bem, a proposta dos nossos encontros está justamente na discussão, bate-papo, entre pessoas diferentes, com olhares distintos sobre um mesmo tema, filme, com o objetivo de trocar informações e mostrar, para todos que lêem nosso blog e gostam de cinema, que todo e qualquer gênero de filme está apto a ser visto e debatido. Todas as opiniões são sempre aceitas de bem vindas, independente do gosto pessoal de cada um dos participantes. Portanto assistir um filme sem deixar sua opinião, ou sem deixar divulgá-la, não faz parte do nosso objetivo. Por isso deixamos claro aqui que em todos nossos encontros a opinião e a divulgação dela é obrigatória para a participação no CINESURPRESA nem que seja um simples “Não gostei!” como até já aconteceu. Este é um espaço aberto de debate e de discussão de livre que permite todos os olhares e opiniões.
Esclarecimentos feitos os nossos participantes que viram o filme Jogos do Poder foram (em azul os novos): Caroline Desireé, Daniel Ravanelli, Daniel Trigo, Denival Oliveira, Eduardo Araújo, Eduardo Ricci, Guilherme Henrique, Isabella Schramm, Jéssica Indiara, Laura Pinheiro, Madeleine Alves, Márcia Okida, Mariana Benjamim, Osvaldo DaCosta, Ricardo Reis, Tássia Martins, Victor Martin, Viviana Ramos e Viviane Alves.
Dos 20 participantes 17 gostaram do filme, 2 não gostaram e 1 disse mais ou menos. Mas apenas 8 veriam o filme novamente. A média de nota dada foi de 7,2 o que coloca Jogos do Poder em 6º lugar no nosso Ranking Surpresa, ganhando apenas de Duro de Matar que ficou com média 7.
O filme em uma frase por cada um dos participantes:
Caroline: “Você pode gastar 1 bilhão de dólares com a guerra e não podem gastar 1 milhão para construir escolas”
Daniel Ravanelli: Política é poder
Daniel Trigo: “I want you” (Eu quero Você, por Tio Sam)
Denival: “Nós fizemos tudo certo, mas no final acabamos fazendo merda”
Eduardo Araújo: Jogos do Poder: resume todo o filme
Eduardo Ricci: O poder é regado a sexo
Guilherme: “Pode-se enganar muitos por pouco tempo, poucos por muito tempo, mas não pode-se enganar todos a todos tempo - Lincoln”
Isabella: Troca de favores
Jéssica: não respondeu esta pergunta
Laura: “No começo nós fizemos tudo certo, mas no fim, estragamos tudo.
Madeleine: Um bando de andorinhas só faz verão até quando lhes convêm
Mariana: Os americanos compram uma briga, mas só vão até onde é vantajoso para eles.
DaCosta: O Mestre Zen
Ricardo: A história nunca muda
Tássia: “No finalzinho sempre acaba em merda”
Victor: Não é o tipo de filme que me chama a atenção, pois não me entretive nem me fez ficar preso a ele.
Viviana: Tentamos fazer o melhor, mas no final sempre erramos um pouco
Viviane: pediu que não divulgássemos sua opinião.
A maioria das pessoas disse que o filme tem o clima da cor vermelha pelo poder, sangue, terrorismo ou amarela cor do ouro, riqueza, dinheiro etc. Também foram citadas as cores verde (pelo dólar), preto e cinza.
Gostaria de aproveitar aqui e deixar registrada a participação de Maria Benjamim que mesmo sendo acompanhante de umas das participantes, Mariana Benjamim, viu o filme e participou do nosso bate-papo dando suas opiniões sobre o filme. Obrigada, é disso que gostamos em nossos encontros.
Os pontos positivos do filme
Caroline: Fotografia, angulação, trilha sonora e atuações • Daniel Ravanelli: A inteligência emocional é fundamental nos jogos do poder • Daniel Trigo: A realidade mundial • As crianças mesmo dilaceradas pela guerra mantinham o ar de inocência e esperança • Denival:Eduardo Araújo: A esperança dos afegãos que mesmo em meio ao caos continuavam acreditando no fim da guerra • Eduardo Ricci: Julia Roberts • Guilherme: Trilha sonora, fotografia e atuação • Isabella: Conscientização sobre a situação que os afegãos estavam passando • Jéssica: A força de vontade do trio • Laura: A realidade da política americana e a fotografia • Madeleine: A atuação de Phillip Seymour Hoffman, a trilha sonora (mescla de ocidente com oriente) e a situação histórica • Mariana: O desejo do congressista em ajudar os afegãos • DaCosta: Não existe (no sentido de como o filme mostra a desgraça mundial, política e etc) • Ricardo: A infância comove o coração! • Tássia: Tom Hanks • Victor: A fotografia, a filmagem e as atuações • Viviana: O bom humor que aparece no filme descontraindo um tema tão sério
Já os negativos
Caroline: Enredo, roteiro, excesso de informação política o torna cansativo • Daniel Ravanelli: Não esclareceu o falo russo da história, seus motivos e objetivos • Daniel Trigo: A legenda • Denival: Fome e miséria • Eduardo Araújo: Um filme muito burocrático • Eduardo Ricci: Política americana • Guilherme: Dialógos e detalhes (muito detalhista) • Isabella: Um certo apelo sexual (muito exagerado! rs) • Jéssica: A realidade sobre a guerra, a fome • Laura: Muito diálogo • Madeleine: A rapidez com que algumas informações são transmitidas ao espectador • Mariana: O apelo sexual • DaCosta: A falta de humanidade • Ricardo: Excesso de diálogos — tem que entender de história — a guerra fria, Paquistão etc etc • Tássia: A guerra e o sofrimento alheio • Victor: A história e o desenrolar dela • Viviana: Ver o que muitos poderosos fazem contra os menos favorecidos, ou seja, uma guerra travada contra um povo que não tinha como se defender.
Jogos do Poder é um filme polêmico e como é baseado em um fato real, essa polêmica toda acaba mexendo demais com todos que assistem, pelo menos senti isso com quem conversei nesse encontro. E pensar que muita coisa foi deixada de lado e, mesmo assim, tentando encobrir detalhes, ele ainda choca alguns.
Gostei do filme, dei nota 8, é forte, impactante, mexe com nossos sentimentos, mas acima de tudo, me incomodou. Saí do filme com aquela sensação de que não fazemos tudo que podemos ou devemos, sensação de querer fazer mais, mas, sem saber como. Não sei se todos saem com a mesma emoção, troquei algumas idéias com o DaCosta e, pelo menos nós dois, compartilhávamos desta mesma sensação. Sobre frase sobre o filme que sempre pedimos para todos, a minha seria: o que não se faz em nome de Deus e da política... em nome da paz e da guerra e o pior o que só se faz quando o lucro é garantido mesmo que isso envolva morte, penúria, tristeza, mutilações, fome, miséria extrema etc.
Por que o homem, ou a maioria deles, principalmente aqueles que estão no poder, só se envolvem emocionalmente ao verem — com seus próprios olhos bem ao estilo São Tomé de ver para crer — crianças mutiladas, praticamente mortas, mas ainda com sorriso de criança. Uma cena no filme que me chocou bastante: os russos colocavam bombas escondidas em brinquedos de crianças para que, propositalmente, elas pegassem e, se mutilando, os pais seriam obrigados a ficar em casa cuidando delas e assim não iriam para guerra. Imaginar que isso possa passar, e passa, na cabeça de alguns é torturante. E esta cena, seqüência de fatos contados deste tipo, mexeu demais comigo, me emocionou bastante.
Diria que este filme, acima de tudo para mim, é um filme triste, e por ser real é amargamente mais triste ainda. E foram sobre temas assim os papos foram acontecendo no nosso encontro, a destruição causada pela guerra, os refugiados, os jogos de poder que são feitos pela politicagem para ajudar os refugiados afegãos, a politicagem em nome de Deus e tantas coisas mais. Mas ao meu ver o filme comete alguns erros como:
• os diálogos que são muitos, rápidos e longos, praticamente uma metralhadora de falas
• o excesso de informação política e histórica pode deixar a grande maioria das pessoas perdidas e por isso se torna cansativo e burocrático
• deviam ter mostrado mais como Charlie Wilson era na realidade — o que daria uma particularidade maior ao personagem e à sua luta. O filme mostra Charlie (Tom Hanks) como um bebebor inveterado e envolvido sempre com belas mulheres — o congressista só possui assistentes mulheres e as escolhe pela beleza e tamanho dos seios — mas fizeram isso de um modo leve. Charlie além de alcoólatra e usava cocaína. Seu problema com “problema” com drogas, bebida e mulheres era muito maior do que é mostrado no filme. Tudo bem quiseram encobrir um pouco, mas acredito que se tivessem mostrado claramente esse lado do congressista, isso teria dado mais particularidade e força ao personagem. Não entendam isso como um favorecimento as drogas, álcool etc. É somente uma colocação já que o filme pe baseado em fatos, pessoas reais e que inclusive você pode ver entrevistas delas no vídeo abaixo.
Desde nosso último encontro incluímos a seguinte pergunta aos participantes: Com que personagem você se indentificou?
Caroline: O jogador de xadrez, ajudante de Hoffman
Daniel Ravanelli: Com o jogador de xadrez, o estrategista
Denival: Com o Gust (Phillip Seymour Hoffman), quando acredita em alguma coisa vai até o final e enfrenta tudo e todos
Eduardo Ricci: com o agente da CIA (Phillip Seymour Hoffman)
Guilherme: Com o Gust, espião (Phillip Seymour Hoffman) pelo instinto e sensibilidade
Isabella: Com a secretaria do Tom Hanks, pelo profissionalismo durante o processo
Madeleine: Com o Gust (Phillip Seymour Hoffman) pela determinação, perseverança, sinceridade e prudência
Tássia: Charlie (Tom Hanks), pois é uma pessoa persistente, conseguindo as coisas que quer
Victor: Com a assistente que fazia com que o filme não fosse tão parado
Viviana: De certa forma com o Charlie (Tom Hanks), que ao presenciar uma realidade difícil se compadece e luta para mudar
DaCosta, Daniel Trigo, Eduardo Araújo, Jéssica, Laura, Mariana, Ricardo: Não se identificaram com nenhum personagem
Eu me identifiquei com dois personagens que aparecem uma única vez, mas que no momento da cena eram dois em um. Dois afegãos aparecem em um momento no filme onde, pela primeira vez, tem em suas mãos uma arma capaz de destruir os aviões russos e, nossa, como torci por eles para que acertassem o tal avião. Com certeza eu seria um daqueles dois afegãos ou os dois até. Algumas pessoas se chocaram por eu ter falado isso, mas naquele momento do filme eu já estava tão tomada de uma sensação de dor, de absurdo, de raiva etc que era só poderia querer algo assim. E olha que sou uma pessoa super da paz!!!
E por isso mesmo que não veria esse filme de novo. Incomodou-me demais.
Mas indico, recomendo inclusive se quiser leia uma ótima crítica sobre esse filme clicando aqui. Precisamos devemos conhecer essas histórias, sentir de perto e, se já conhecemos, devemos não esquecer, para tentar, ao nosso modo ajudar quem podemos e como podemos. Saí deste filme assim: com nojo dos Jogos de Poder que existem para que a paz seja alcançada e que, mesmo assim, no final descobrem que fizeram m.....!
É isso aí gente! Como sempre mandem palpites, opiniões e participem do nosso próximo encontro que será dia 13 de abril as 18h no Cinemark de Santos.