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domingo, 24 de fevereiro de 2008

Cara ou Coroa? Faça a sua escolha, amigo...



Neste 7° CINESURPRESA, tivemos mais gente nova, a volta de velhos participantes fundadores e uma boa discussão, mesmo tendo sido feita com papéis que iam e vinham de cada lado da mesa. O filme escolhido, ou melhor, o mais votado entre os que passavam entre 18h e 19h foi Onde os Fracos Não Tem Vez, um dos grandes indicados ao Oscar deste ano. Concorriam com ele Desejo e Reparação e O Caçador de Pipas.
Tivemos novidades: 4 sorteios que, lógico, não foi dizer o que foi sorteado, afinal o encontro é baseado nas surpresas e já temos mais sorteios programados para o próximo que será dia 9 de março, desta vez no Roxy, e prometemos a todos que já estamos vendo um local mais tranquilo para os nossos papos finais. Então não percam!

Bem, vamos a nossa turma surpresa de fevereiro e em ordem alfabética para não ter briga :)) e em azul os participantes que se juntaram a nós pela primeira vez:
Amilcar Barreto • Cibele Oliveira • Cláudia Busto • Daniel Ravanelli • Deborah Okida • Eddie Santana • Eduardo Ricci • Fabio Machado • Gustavo Klein • Letícia Cheneme • Madeleine Alves • Marcelo Correa • Márcia Okida • Mariana Borges • Nara Assunção • Priscila Rodrigues • Ricardo Reis • Viviane Pereira • Wania Teles

Dos 19 participantes da noite 16 gostaram do filme, mas apenas 10 veriam o filme novamente, 1 pessoa disse que gostou mais ou menos e 2 não gostaram.
A média das notas dadas para o filme foi de 7,5 o que deixa Onde os Fracos não Tem Vez em 5º lugar no nosso Ranking Surpresa (veja ao lado) e já deixo o início de minha opinião aqui: acho uma injustiça, foi um dos melhores filmes que vimos até agora, senão o melhor.
Tivemos algumas perguntas novas em nossa enquete sobre o filme:


Com que personagem você se identificou e por que?

Amilcar Barreto: Anton Chigurh (Javier Barden). Ele não muda durante o filme
Cibele Oliveira: Loretta Bell (Tess Harper) a mulher do xerife, porque em apenas duas cenas mostrou ser uma mulher de personalidade forte
Cláudia Busto: A gordinha que não faz idéia de quem estava na sua frente. Nuca me imaginaria vivendo nesse mundo
Daniel Ravanelli: Carson Wells (Hoody Harrelson) o contratado para apaziguar pela ponderância
Eddie Santana: Llewelyn Moss (Josh Brolin), o marido, pela maneira como ele agiu
Eduardo Ricci: Anton Chigurh (Javier Barden)... faltou o motivo Eduardo!!!
Gustavo Klein: Shefiff Bell (Tomy Lee Jones) o xerife semi-aposentado, pela perplexidade diante do inevitável
Letícia Cheneme: Carla Jean Moss (Kelly Macdonald), a esposa, pois mostrou coragem na hora em que mais precisava
Madeleine Alves: Com o cahorro que nada no rio obstinadamente atras de seu alvo
Mariana Borges: Deputy Wendell (Garret Dillahunt) o 2º detetive, por ser empolgado curioso
Priscila Rodrigues: Shefiff Bell (Tomy Lee Jones) pela sua determinação
Ricardo Reis: Anton Chigurh (Javier Barden) pelo olhar penetrante
Wania Teles: Llewelyn Moss (Josh Brolin) por não desistir até o fim
Deborah Okida, Fabio Machado, Marcelo Correa, Nara Assunção Viviane Pereira: com ninguém

A segunda pergunta nova foi uma preparação para o festival de cinema Cineme-se 2008 que tem como temas este ano as cores no cinema, então a pergunta foi: Que cor você daria a este filme e por que?

A cor mais citada foi Vermelho escolhida por 9 pessoas e o motivo que praticamente todos deram foi pela violência, ganância, poder pela tensão que existe durante todo o filme.
4 pessoas falaram de cores com tons terrosos por uma associação material com deserto, faroeste e o clima agreste.
Também foram citadas o amarelo (2 pessoas - riqueza e clima quente calor e o verde (2 pessoas - pelo relação com dólares) e uma pessoa citou a cor cinza e outra o preto.

• Sobre as melhores coisas do filme as opiniões foram:

A ótima interpretação dos atores (Wania, Gustavo) • Roteiro (Eduardo, Priscila, Cibele) • Fotografia (Eduardo, Priscila, Claudia, Nara, Madeleine) • o personagem do Tomy Lee Jones (Letícia, Fabio) • algumas interpretações (Viviane) • cenas impactantes (Marcelo) • a atuação de Javier Barden (Eddie, Cibele, Fabio) • a ação (Mariana) • a cena da primeira morte no filme, não vou contar qual é que estraga (Priscila) • o psicopata (Deborah) • a frieza (Daniel) • o resultado da relação entre o homem e o gado nem sempre é o esperado (Amílcar) • sonoplastia e cenas de tensão (Madeleine) • tontura-labirinto (Ricardo)


• Já as piores:

o filme é parado e um pouco cansativo (Wania) • não tem nada de ruim (Gustavo) • a ganância (Eduardo, Cibele) • o filme nos faz pensar em vários campos de visão, não vejo algo pior (Letícia) • o roteiro (Viviane) • o final sem desfecho (Marcelo, Priscila, Deborah, Daniel, Madeleine) • o não confronto entre o psicopata e o marido (Eddie) • a paranónia que se cria em torno do louco (Mariana) • poder e dinheiro (Cibele) • a história (Cláudia, Nara) • pensar dói (Amílcar) • sangue (Ricardo) • o ritmo lento (Fabio)

• O filme em uma frase:

“Metáfora” • Amílcar Barreto “O ego torna-se uma barganha, afinal tudo se move por meio de seu ego” • Cibele Oliveira “Morte aos humanos e vida aos animais” • Cláudia Busto “Inesperado” • Daniel Ravanelli “A ganância cega as pessoas” • Deborah Okida Tenso” • Eddie Santana “O sujeito é produto do meio” • Eduardo Ricci “Faroeste pós-moderno” • Fabio Machado “Um filme as antigas onde o silêncio explica muito” • Gustavo Klein “Um dos filmes mais inteligente que eu já vi” • Letícia Cheneme “Se as suas regras te trouxeram até aqui, por que seguir as regras?” • Madeleine Alves fala de Anton Chigurh (Javier Barden) “Ótima fotografia” • Nara Assunção “Nem sempre o final é como a gente espera” • Priscila Rodrigues “Money - money - changes everthing” • Ricardo Reis Um bom roteiro salva o filme, um mal roteiro acaba com ele” • Viviane Pereira “Um filme que mostra que os “fracos” as vezes saõ so mocinhos” • Wania Teles

E agora o meu olhar sobre o filme:

“Call it friend-o” • Anton Chigurh (Javier Barden)

— Faça a sua escolha amigo. Cara ou coroa?
— Eu não apostei nada.
— Apostou sim. Está apostando a vida inteira. Você apenas não sabia.

Desde o início o filme já diz a que veio.
Cenas de homens caçando, matando animais e outros homens. Em um deste momentos, em uma panorâmica linda uma imensa sombra negra cobre vagarosamente a paisagem seca e árida do Texas. Pronto, com poucos minutos o filme já mostra o que se deve esperar em relação a ritmo, tema, roteiro e uma fotografia belíssima. Infelizmente é uma pena que poucas pessoas se dão conta disso, da proposta de linguagem e de roteiro do filme. Onde os Fracos não tem Vez, tem sofrido críticas ruins de espectadores e ótimas de especilistas que elogiam o roteiro, diálogos, fotografia etc. Mas cada um tem seu gosto, e como se diz, gosto não se discute certo!
Por isso o CINESURPRESA é sempre aberto e expõe a opinião de quem gosta e quem não gosta e esta é a minha:

“Onde os fracos não tem vez” é um grande filme, principalmente por não ser de fácil disgestão, é difícil, possui um ritmo lento para um filme de velho oeste, tem um fotografia perfeita e sonoplastia que poderia ser considerada como um personagem a parte. É um filme de personagens bem trabalhos, isso quer dizer que não possuem personildades fáceis, o contrário, e é um filme de grande e ótimos diáologos.


Críticas sobre o final do filme então, existem de monte. Acredito que isto aconteça porque as pessoas gostam e estão acostumadas com finais amarrados ou de impacto.
Mas a proposta de final do filme também está embutida durante toda a história. Em certo momento um dos personagens fala “Você sabe como tudo isso vai acabar” e em outro momento “Os crimes de hoje são difíceis de compreender”. O final acontece depois que todos tem seus destinos arrumados, tudo que tinha acontecer com cada personagem acontece, então porque e para que fazer, criar, mostrar mais?

“No meu sonho, eu sabia que ele estava indo na frente e que ele prepararia uma fogueira lá fora, na escuridão e no frio, e eu sabia que quando eu chegasse, ele estaria lá. E então eu acordei.”

Portanto, acho que é um final de impacto sim, fora do convencional, é feito para que você pense e não saia do cinema com tudo resolvido. Sem falar que é uma adaptação perfeita do romance de Cormac McCarthy onde o final é exatamente igual, assim como todo o filme possui uma adaptação correta de cenas e história.
Vale aqui falar do nome o nome original é “No country for Olf Men” que na tradução correta, não literal, do que este título significa é “Sem nação para os Velhos” e com este título fica mais fácil de entender a narração em off do início e o final do filme.

Ele começa o filme falando que gosta de ouvir histórias sobre o velho oeste, fala que vem de uma gerção de homens da lei, de xerifes, onde antigamente eles nem precisavam usar armas, antigamente tudo era diferente, nao havia tanta violencia, crueldade. Diz que nos dias hoje isso seria impossível e quem continuar vivendo e agindo como naqueles tempos não têm as mesmas possibilidades de sobrevivência, ou seja “Sem nação para os Velhos”. E termina contando uma história de uma assassinato horrível de antigamente e que estamos prestes a conhecer um caso de grande crueldade.


Que vamos ouvir e ver uma história, ou lenda, sobre o velho oeste e de um assassino perigoso fica claro com esse início de filme, não apenas pelas cenasjá descritas mas por essa locução em off do Shefiff Bell (Tomy Lee Jones).
Uma história de velho oeste e onde podemos aplicar uma frase histórica de filmes deste gênero “quando a lenda é mais interessante que um fato, publica-se a lenda” (O Homem que Matou Liberty Valance” de John Ford - um clássico do faroeste). E Anton Chigurh (Javier Barden) virou lenda com este final destes e não um caso na história.
Poderia ficar horas aqui falando e citando dialógos frases deste filme mas algumas realmente nos mostram como o roteiro e tudo mais no filme é perfeito:

— A idade simplifica o homem (Shefiff Bell - Tomy Lee Jones)
O filme tem esta simplicidade em tudo.

ou ainda o diálogo entre Carson Wells (Hoody Harrelson) e Anton Chigurh (Javier Barden)

— Você tem idéia do quanto é louco? (Carson)
— Você se refere à natureza desta conversa? (Anton)
— Eu me refiro à natureza de sua pessoa. (Carson)

Onde os Fracos não tem Vez é um filme que mostra claramente a natureza de cada um dos personagens, principalmente a de Anton, o que fica claro na primeira cena de assassinato. Seus olhar diz tudo. Fora isso tem diálogos engraçados, muitta tensão e realmente mexe com nossos instintos, incomoda.

Para não dizer que depois de tudo isso não respodi a perguntas que faço a todos, aí vai:
• me indentifiquei com o Shefiff Bell - Tomy Lee Jones pela manerira simples e direta de lidar com as coisas
• achei o final perfeito faz a gente pensar
• a sonoplastia do filme é genial, o silêncio do filme é genial sem essa sonoplastia muito bem colocada teríamos perdido muito das sensações de horror, tensão e incômodo do filme.

Bem eu indico e espero que logo mais a noite, na premiação do Oscar que é daqui a pouco ele ganhe muitos prêmios. Por isso até coloco este post antes para que ninguém fale que fui influenciada.

E como sempre mande opiniões, concondando, discordando etc etc.
Nosso próximo CINESURPRESA será dia 9 de março no Cine Roxy, na Av. Ana Costa - Gonzaga as 18h.



Tivemos ainda duas rodadas de perguntas, uma sobre a Sonoplastia do filme e a outra sobre o Final, ai vai para vocês:

O que você achou da Trilha Sonora, Sonoplastia do filme?

Amilcar: Os ruídos e o silêncio indicam ação que em muitos momentos é diluída nos ângulos e ecolhas de câmera
Cibele: As cenas do filme foram mais emocionantes com uma trilha sonora pouco atuante
Cláudia: Na verdade não reparei, porém aprendi sobre isso na discussão de hoje
Daniel: Devia estar a contento, pois não formei opinião negativa a respeito.
Deborah: sinceramente, não lembro, talvez pelo filme ser enfadonho.
Eddie: Legal
Eduardo: Trilha muito boa, consegue ser essencial sem aparecer demais.
Fabio: O filme é marcado pela ausência de trilha, momentos de silêncio que contribuem e muito para a tensão das cenas
Letícia: Depois da explicação do Eduardo Ricci... a trilha sonora foi muito boa!
Madeleine: A ausência de trilha sonora e o destaque para a sonoplastia tornam o filme peculiar e mais intenso
Marcelo e Viviane: Não lembram
Mariana: Não percebi nada de inovador
Nara: A trilha sonora aparece nos momentos certos, contando um pouco do silêncio que domina o filme.
Priscila: As cenas do filme eram tão “atraentes” que eu não me foquei na trilha sonora
Ricardo: O silêncio angustiante nos transporta para o abismo

Qual a sua opinião sobre o final do filme?

Amilcar: Estimula o diálogo entre personagem e público
Cibele: Surpreendente e inesperado o desfecho foi inteligente e simples
Cláudia: Surpreendente, inteligente e muito verdadeiro real
Daniel: Uma nova proposta que contraria a expectativa do público e mostra como realmente é o ser humano.
Deborah: Sem desfecho. Tentou passar uma “lição de vida” mas não foi feliz no propósito
Eddie: Acho que faltou um confronto entre o assassino e o marido
Eduardo: O filme mostra que o indivíduo é produto do meio. Muito bom!
Fabio: A princípio, fiquei intrigado, mas de certa forma, o final é condizente com os elementos do filme. Gostei.
Letícia: Show de bola. o Tomy Lee encerrou o filme profetizando o final de sua vida.
Madeleine: Somente depois de conversar com a Márcia entendi que ele era essencial ao filme
Marcelo: Não gostei, sem desfecho. Faltou finalização.
Mariana: Não da para saber como ele iria acabar, bom, não tenho uma resposta gostaria de ver o final do filme novamente.
Nara: Tinha uma expectativa melhor do final
Priscila: Não gostei, poderia ter dado outro desfecho. Faltou um final que correspondesse com as boas coisas do filme
Ricardo: O psicopata seguiu seu rumo, foi o único que... Um final perfeito, reflita o expectador
Viviane: Não gostei. Embora bom, mas o roteiro se perdeu do meio para o fim

Um comentário:

cinesurpresa disse...

Olá.

Vou ser a primeira a postar comentários? Legal! Bom, reintero o que a Marcinha disse, se esse não for o melhor foi um dos melhores filmes que já assistimos no cinesurpresa. Pessoalmente, foi um dos melhores da minha vida. Engraçado que na votação eu não queria assistí-lo, mas ainda bem que foi o mais votado, pois não me lamentei. O filme realmente se supera, todos os atores estão bem.No entanto, pra mim, Tommy Lee Jones, fez toda a diferença. O seu personagem, foi um dos grandes que ele já fez na carreira e é o popnto de ligação entre todos os outros. Onde os fracos não tem vez, mereceu ganhar o Oscar de melhor filme (e dessa vez tinha minha torcida), apesar de gostar muito do Daniel Day Lewis e acreditar que Sangue Negro deve ser um ótimo filme. É um filme que nos faz pensar e que muda nossa visão de vida. Mas, como a Márcia mesmo disse: "difícil de digerir". Quando ouvi a úiltima frase de Tommy Lee Jones, percebi o quanto esse filme faria diferença, o quanto era grande. Espero que mais pessoas tenham a possibilidade de assistí-lo e também a capacidade de entendê-lo, pois desse jeito verá sua magnitude.
Até mais,

Letícia