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segunda-feira, 22 de outubro de 2007

opinião da tropa chegando agora

Bom, faltei no debate, mas agora estou passando por aqui pra dizer o que achei. Estava de mudança (sou vizinha da Márcia de novo...rs) , estava sem micro...

Não conheço de linguagem de cinema etc para poder opinar nesse sentido. Eu dou nota 8 para o filme. De modo geral, penso que ele toca num ponto bastante delicado que ninguém gosta muito de admitir: as classes média e alta têm sim muita culpa no cartório. Elas alimentam o crime e usam dois pesos e duas medidas na hora de questionar a violência etc. Por isso, talvez as drogas teriam que ser legalizadas, mas acredito que só isso não resolveria o problema.

Quanto às ONGs (a Márcia me pediu para tocar no assunto) eu penso que muitas devem estar bem aborrecidas com a imagem passada no filme, mas o filme não mostra nada que não aconteça na vida real.
Muitas ONGs dependem sim do crime organizado e fazem uso disso para pode existir. É preciso ter um acordo de cavalheiros em espaços em que o crime convive com a comunidade. É mais ou menos assim: cada um cuida do seu espaço e não se intromete no espaço do outro. É bem verdade que os próprios filhos dos traficantes e criminosos também são atendidos em muitas dessas ONGs e talvez por isso a personagem Maria tenha dito que traficantes têm consciência social. Os traficantes acabam dando proteção para que o trabalho social possa acontecer.

Mas há muitas experiências de sucesso em morros no Rio de Janeiro e outras localidades, onde o índice de criminalidade caiu muito (não tenho os dados em mãos, mas já li sobre isso) e o aliciamento de adolescentes e crianças chegou a praticamente zero. Os projetos na Mangueira são exemplos disso.

Penso que o filme provocou algo bom que foi o debate e busca de informação sobre esses temas. Isso sim contribui para a formação de uma consciência social.
Abraço!
Deborah

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